26 de janeiro de 2014

Finalmente percebi aqueles que têm uma nota óptima, mas mesmo assim reclamam sempre


Há uns anitos atrás (já não são nada poucos), andava eu no secundário e era feliz com tudo. Porquê? Perguntam vocês. Porque juro que nunca peguei num livro enquanto andei lá. Nunca estudei o que quer que fosse e nunca tive uma negativa. Nunca fui um crânio, mas sempre me desenrasquei mais do que suficiente. Quando cheguei ao ensino superior é que percebi que esse meu método já não funcionava lá muito bem, portanto tive de aprender a estudar, tive de aprender a ter métodos de estudo, coisa que nunca tinha tido na vida até ali. 

Mas este post é dedicado ao dia em que saíram as notas dos exames no meu 12º ano. Fiz todos os exames descontraidamente, sabia que não ia chumbar em nenhum (sim, sem sequer agarrar no lápis para estudar rigorosamente nada... como tenho saudades desses tampos). Sempre adorei matemática, sempre foi aquilo que fazia toda a lógica na minha cabeça, sempre foi aquilo que gostava que me fizesse a cabeça funcionar. 

Lembro-me que o exame de matemática me correu particularmente bem e lembro-me também de estar a discutir com os melhores alunos e os meus resultados darem todos ao contrário dos deles. Sinceramente, não liguei, o exame tinha-me corrido bem, era isso que interessava. 

Quando saíram as notas, lá fui eu toda contente ver os meus 13 e 14. Quando cheguei ao exame de matemática, vi que tinha tido 19. 19? É caso para me pôr aos saltos por tudo quanto é lado, não é? Mas ao contrário disso fiquei desiludida. Sim, desiludida, porque quem tem 19, não é porque não sabe, é porque se distraiu e eu detesto distrair-me. Então aí sim, percebi como é ter uma nota espectacular, mas mesmo assim não ficar contente com o assunto. Finalmente, percebi essas pessoas que andam sempre atrás dos professores a pedinchar notas. 

Claro que estava contente com a minha nota, afinal tinha sido a nota mais alta dos meus exames, mas mesmo assim havia qualquer coisa a remoer-me na cabeça. Havia sempre aquela voz na cabeça a dizer "Erraste uma coisinha sem jeitinho nenhum, de certeza absoluta que erraste uma coisa sem jeitinho nenhum". E vivi esse Verão sempre com essa vozinha na cabeça. 

2 comentários:

  1. E eu que me farto de estudar não chego ai haha :)
    Querida passa no meu blog, tenho um desafio para ti.

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  2. A primeira vez que estudei a sério foi para matemática, no 12º ano. Tirando isso, não estudava grande coisa e tirava notas razoáveis.. 19 ainda não soube o que era isso. :)

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Beijo*